E eu tento voltar a escrever, mas parece impossível. Não tenho tempo, não tenho vontade. Várias mentiras que me fazem dizer que não há como isso acontecer. Mas, no momento, eu sei que é medo de não conseguir me manter em pé ao pensar.
Porque por mais apoio que se tenha, ombros amigos e afins, sempre parece que você está sozinha nessas situações. Quero reestabelecer o controle da minha vida, e me pergunto onde foi que eu o perdi. Como, quando, porque.. ele realmente existiu? E esse controle que eu finjo a todos? Esses sorrisos? Voltei a questionar a veracidade deles. Há tantas razões para sorrir, e eu sinto falta das razões para o contrário ocorrer. Eu continuo querendo um motivo pra tudo isso, pra essa estranheza toda, pra essa dor que, no momento, está camuflada esperando a hora de se mostrar do jeito mais drástico possível.
Meu medo de que isso se vá permanece. Mas os remédios, a "estabilidade"... tudo... me faz sentir como se estivesse no meio do mar, rodeada de água por todos os lados. Eu me sinto presa em mim mesma, e ainda não sei se essa prisão dói menos do que todas aquelas outras sensações.
Mais uma vez parece apenas que é uma tortura, um paleativo, parece que nada nunca vai dar certo. E quando eu tento chorar, mesmo sabendo disso, parece não haver motivos e então eu simplesmente não consigo.
Eu me conheço nessas situações e receio o tipo de atitude que eu possa vir a tomar.
Um dia após o outro... mas, de repente, todos meus propósitos parecem ter se adiado e tudo começa a se tornar apenas sobrevivência...
Um dia após o outro... é, isso não dá certo...
